A mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) é um dos principais parasitas que afetam o gado no Brasil, e trazem prejuízos para a pecuária. Esse inseto causa estresse nos animais devido às picadas que perturbam, provocando a perda de peso, queda na produção de leite e até comprometimento da qualidade do couro.
Como seu ciclo de vida está diretamente ligado às fezes do gado, o clima quente e úmido favorece sua reprodução, tornando sua infestação ainda mais preocupante durante as estações chuvosas e em dias frios. Para minimizar os danos e garantir a produtividade do rebanho, é essencial adotar um controle eficaz que combine vários métodos de contenção e estratégias de manejo.
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Controle biológico e estratégias sustentáveis
Para reduzir a infestação, o uso de agentes naturais no controle das moscas é altamente recomendado. Um dos métodos mais eficientes é a introdução do besouro rola-bosta (Digitonthophagus gazella), que destroi as larvas das moscas ao quebrar a massa fecal, impedindo sua reprodução. Além disso, o uso de armadilhas nas pastagens pode reduzir até 70% da população de moscas. Outra alternativa é a implementação do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que promove um ambiente mais equilibrado e menos propício para a proliferação do parasita.
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Uso de produtos químicos com manejo racional
O controle químico pode ser um grande aliado na eliminação das moscas-dos-chifres, mas deve ser aplicado de forma racional para evitar a resistência destes parasitas. O uso de antiparasitários, como cipermetrina e avermectinas, é eficaz no combate, mas precisa ser supervisionado por médicos veterinários para garantir um tratamento adequado e seguro para o gado. Produtos de aplicação tópica, como os da linha “pour on”, são amplamente utilizados devido à sua praticidade e eficiência. Além disso, algumas avermectinas são excretadas via fezes, ajudando a combater as larvas ainda no ambiente.
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Manejo preventivo e monitoramento do rebanho
A prevenção ainda é a melhor estratégia para evitar grandes infestações. O monitoramento constante do rebanho é fundamental para identificar os primeiros sinais de infestação. Animais que demonstram comportamento inquieto, aglomeração excessiva e perda de apetite devem ser avaliados imediatamente. O tratamento seletivo, priorizando os animais mais vulneráveis, como vacas com bezerros, também ajuda a manter a infestação em níveis controláveis.
O combate à mosca-dos-chifres exige um manejo estratégico que combine diferentes métodos para garantir a saúde e o bem-estar dos bovinos. O controle biológico com besouros e armadilhas, aliado ao uso racional de produtos químicos e um monitoramento eficaz, pode minimizar os impactos desse parasita na pecuária. Investir em medidas preventivas e integradas é a chave para manter o rebanho saudável e produtivo ao longo do ano.
